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Biometria comportamental: a nova fronteira na luta contra fraudes
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    Biometria comportamental: a nova fronteira na luta contra fraudes

    Publicado em: 26 de agosto de 2022

    Além dos cliques e likes, os comportamentos também são monitorados, assim como o tempo gasto em um post, a agilidade que cada um corre a sua timeline, a forma e a velocidade com que o dedo ou o mouse se deslocam, o movimento do celular e até mesmo a rapidez como se escreve os comentários.

    Para muitos, não é novidade que nossos passos na internet são frequentemente monitorados. O documentário “O Dilema das Redes”, lançado no ano passado, mostrou como as redes sociais coletam e avaliam os seus usuários detalhadamente. Além dos cliques e likes, os comportamentos também são monitorados, assim como o tempo gasto em um post, a agilidade que cada um corre a sua timeline, a forma e a velocidade com que o dedo ou o mouse se deslocam, o movimento do celular e até mesmo a rapidez como se escreve os comentários. Tudo isso é armazenado e avaliado, afinal de contas, como disse o CEO da Mastercard, Ajay Banga, os dados são o novo petróleo. Isso gera inovações como a biometria comportamental.

    O monitoramento do comportamento dos usuários e dos seus dispositivos tem nome: biometria comportamental. Agora, esta tecnologia está sendo usada como a última fronteira na prevenção e detecção de fraudes, que tradicionalmente sempre focaram na coleta e análise de informações cadastrais. Dados como CPF, nome, e-mail, telefone, endereço, cartão de crédito, entre outros elementos, são confrontados com bases internas e bureau de informações e, por meio de regras de decisão ou algum modelo matemático de inteligência artificial, o risco da transação ou do usuário é gerado.

    Com os recentes vazamentos massivos de dados dos brasileiros, ficou mais fácil para o fraudador se passar por um cidadão comum e, por conta disso, burlar o sistema de detecção de fraude. Além disso, com a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a coleta, a armazenagem e o tratamento de informações dos usuários passam a ser uma atividade cada vez mais arriscada. E é nesse ambiente que a biometria comportamental se destaca como a última fronteira na prevenção e detecção de fraude.

    A biometria comportamental consiste em traçar uma identidade do usuário em uma sessão de uso, com base em seu modo de uso. São centenas de variáveis que formam uma identidade comportamental da pessoa. No uso do aplicativo, por exemplo, o software captura o tipo do celular, nível de bateria, se há chip instalado, se ele está se movimentando durante o uso, se é novo, se há vários aplicativos instalados, como o usuário movimenta o dedo, a grossura do dedo e até mesmo a pressão do dedo na tela. Ou seja, todas essas detecções dificultam a ação de um fraudador que tenta emular esses comportamentos.

    Outro diferencial de tecnologias como essa é a velocidade e precisão na detecção da fraude. Se por um lado os modelos atuais iniciam a análise da fraude após a execução da transação pelo usuário, a biometria comportamental consegue detectar este comportamento antes mesmo do usuário informar os dados. Isso significa que se um usuário realiza um comando de copiar e colar o seu nome, demora para digitar o seu próprio CPF ou para preencher o seu e-mail e outros dados pessoais, o modelo entende que o comportamento foge do padrão de um cliente comum e o aponta como um risco de ser um fraudador, o que antecipa as ações de bloqueio e, consequentemente, evita ações fraudulentas.

    A vantagem dessa tecnologia quando falamos em privacidade e proteção de dados é que esse tipo de solução coleta apenas os dados comportamentais, então não há riscos de vazamento de dados pessoais ou de infração à LGPD. Todas essas características fazem da biometria comportamental a última fronteira na prevenção e detecção de fraudes em plataformas digitais.

    *Rodrigo Castro é diretor executivo da Protiviti, empresa especializada em soluções para gestão de riscos, compliance, auditoria interna, investigação, proteção e privacidade de dados.

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