Como a investigação pessoal e empresarial pode servir de provas em ações judiciais - Protiviti
Como a investigação pessoal e empresarial pode servir de provas em ações judiciais
Compartilhe:
Assine nossa newsletter

Fique por dentro das melhores notícias, eventos e lançamentos do mercado




    Como a investigação pessoal e empresarial pode servir de provas em ações judiciais

    Publicado em: 26 de janeiro de 2021

    Entenda a importância de realizar a investigação pessoal e empresarial para a realização de ações judiciais.

    Em ações penais é comum que o Ministério Público investigue o acusado acerca de seu ato criminoso, buscando indícios que vinculem o autor do ato ao fato. Contudo, em ações civis é de práxis a máxima “quem alega deve provar”. São nessas ocasiões que a investigação pessoal e empresarial podem ser úteis para apresentação em juízo, de modo a robustecer as provas apresentadas.

    Fases da investigação pessoal e empresarial

    A investigação em ações judiciais pode se dar tanto na fase instrutória como na fase de execução. A seguir, apresentaremos com mais detalhes cada fase.

    Como funciona a fase instrutória

    Na fase instrutória, a análise pode ser desde a descaracterização de uma gratuidade de justiça até a demonstração de esquemas, análise de documentos, levantamento comportamental em outros processos e nas redes sociais etc.

    Na instrução, tomando como exemplo as ações trabalhistas, é possível ver se o funcionário difamava a empresa, se mantinha contato próximo com a concorrência em cargo que pudesse ocasionar vazamento de informações. Também pode ser visto se ele mantinha contato com outras empresas e se apropriava de informações e dados sigilosos e privilegiados em benefício próprio ou de pessoa próxima.

    Ainda, é interessante a análise de outros processos, bem como de documentos anexados, para perceber o comportamento litigante e o que costuma ser alegado.

    Em casos de disputas entre sócios e empresas, também é importante verificar questões de dívidas e regularidades para o desfazimento de contratos ou destituição de sócios.

    Ao localizar irregularidades em licenças de atuação, ambientais, fiscais, entre outros, é possível anular contratos visando o afastamento do prejuízo de pagamento de multa pela rescisão.

    Como funciona a fase executória

    Na fase executória, na impossibilidade de localização de bens e valores pelo juiz, o levantamento patrimonial em nome da pessoa física ou jurídica, bem como de família extensa ou sócios, pode facilitar e acelerar o procedimento executório. Normalmente, tal procedimento costuma levar muito tempo para ser concluído e o resultado, por muitas vezes, resta frustrado.

    Ainda aproveitando o exemplo da esfera trabalhista, muitas empresas vão à falência ou saem da sociedade antes da decretação da mesma para que seu patrimônio não seja atingido.

    Traçando o histórico societário e levantando os bens dos sócios é possível rastrear seu patrimônio e outras possíveis sociedades. Nesta situação, é possível requerer a desconsideração da personalidade jurídica inversa, que ocorre quando uma pessoa visa esconder seu patrimônio pessoal constituindo outras empresas e dificultando a execução.

    Ademais, a investigação também se aplica na possibilidade de pedido de impedimento do julgador. Isto porque a investigação pode trazer respostas acerca de decisões sempre positivas a uma das partes ou averiguar vínculos entre o julgador e uma das partes envolvidas no litígio que possa indicar risco à imparcialidade do processo.

    Sendo assim, a investigação pessoal e empresarial voltada aos litígios e disputas, bem como a investigação de ativos, pode trazer vantagens na ações judiciais e defesas quanto à formação de provas e no convencimento do julgador.

    O conteúdo sobre investigação pessoal e empresarial foi útil para você? Então você pode se interessar por esse aqui também: A importância das redes sociais na investigação empresarial e relacional.

    * Jessica Carvalho, Advogada e Analista de Diligências.

    Compartilhe:

    Publicações relacionadas

    Como funciona a Investigação de Ativos em casos de Violência Patrimonial?

    6 de fevereiro de 2024

    A Investigação de Ativos em casos de violência patrimonial pode ser uma abordagem vantajosa para defender os interesses da vítima

    Leia mais

    Background Check além da pesquisa reputacional e de antecedentes

    31 de julho de 2023

    Por Aline Oliveira Kubo, consultora especialista em Forense e Investigação Empresarial da Protiviti

    Leia mais

    Inteligência Artificial: agilidade nas análises de documentos e nas investigações corporativas

    26 de agosto de 2022

    A Inteligência Artificial (IA), que vem nos ajudando nas mais variadas tarefas do dia a dia, também tem apoiado os processos que envolvem as investigações corporativas. Um exemplo disso são as plataformas forenses que contam com recursos de IA para facilitar as análises de documentos, expandindo o nível da investigação, uma vez que a tecnologia permite acelerar a análise das informações em um processo que seria consideravelmente mais moroso se conduzido apenas sob olhares humanos.

    Leia mais

    Mulheres: enfrentamento ao assédio sexual e à violência doméstica e de gênero

    1 de agosto de 2022

    A violência contra as mulheres está presente nos lares e nos ambientes corporativos. Existe uma questão cultural e histórica que permeia nossa sociedade. E por que falamos em questão cultural e histórica? Porque os reflexos da violência sexual, psicológica ou física estão inseridos no seio familiar cujo agressor, geralmente do gênero masculino, impõe o seu domínio sobre o gênero feminino.

    Leia mais