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Inovações em Prevenção de Perdas
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    Inovações em Prevenção de Perdas

    Publicado em: 26 de agosto de 2022

    Prevenção de perdas atualmente significa alterar a atuação em todas as camadas de negócio da companhia, agindo preventivamente

    A prevenção de perdas é um assunto estratégico para o setor varejista, pois o tema impacta diretamente a rentabilidade e o capital de giro das empresas. Pesquisa recente divulgada pela ABRAPPE (Associação Brasileira de Prevenção de Perdas) aponta que o varejo brasileiro perdeu em 2020 aproximadamente R$ 23,26 Bilhões, ou 1,38% do faturamento. Se anteriormente havia espaço para grandes reduções de perdas de estoque por meio de altos investimentos, agora o cenário é mais complexo, com perdas mais enxutas, causas mais complexas e menos disposição para investimentos robustos.

    Reduzir perdas atualmente significa alterar a atuação em todas as camadas de negócio da companhia, substituindo a cultura da literal venda a qualquer custo pela venda eficiente, com rentabilidade. Todas as áreas operacionais da empresa passaram a se comprometer com o índice de perdas, sendo mensuradas e cobradas por isto. Se antes a prevenção de perdas tinha autonomia para buscar tecnologias que ficavam apenas sob seu guarda-chuva de atuação, agora deve buscar parceiros internos para trazer soluções mais complexas ao negócio.

    Um dos exemplos é o monitoramento da cadeia de refrigeração das operações. Atualmente grande parte dos sistemas de monitoramento são focados na casa de máquinas, objetivando garantir a correta pressurização dos condensadores e evitar danos sistêmicos. Porém, grande parte do problema de quebra identificada ocorre por perda de temperatura em equipamentos específicos, decorrente às vezes de questões operacionais como a obstrução da saída de ar por mal acondicionamento ou de um erro na configuração do degelo do equipamento.

    Atualmente existe uma solução simples e barata com o uso de dispositivos de IOT (Internet das Coisas) que permite o monitoramento individual das temperaturas dos equipamentos e alerta imediato em casos de desvios, o que permite a tomada de decisão antes da quebra acontecer. A tecnologia também permite otimizar ciclos de degelo dos equipamentos e reduzir sensivelmente o gasto de energia na cadeia de frios das lojas, que responde por aproximadamente 60% dos custos totais nessa conta.

    Ademais, automatiza o relatório de monitoramento de temperatura de equipamentos que deve ser feito pela operação por determinação da Anvisa. Logo, é uma solução que atende o time de manutenção, prevenção de perdas e segurança alimentar.

    Outra tecnologia é o uso de big data e inteligência artificial para identificar comportamentos de perda e quebra na vasta quantidade de dados gerada pelos varejistas. Existe hoje plataforma dedicada à gestão das perdas que captura insights poderosos por meio da análise de grandes massas de dados e gerencia as atividades de redução de perdas por meio do envio automático de notificações e planos de ação para toda a cadeia envolvida no processo. A solução informa, por exemplo, itens que podem estar com excesso de pedido, sortimento inadequado, apostas promocionais e outros temas que estão fora da alçada da prevenção de perdas.

    Esta tecnologia enobrece a função dos analistas de dados que atualmente gastam grande parte do tempo extraindo e tratando dados e pouquíssimo tempo analisando as informações e gerando conhecimentos para o ataque às perdas.

    A digitalização de atividades de prevenção de perdas gera grandes resultados nas ações de redução de perdas estoque.

    Para se ter uma ideia, há varejistas que executam mais de 30 processos de forma manual e em papel nas lojas, tais como abertura e fechamento de loja, controles na frente de caixa, reportes de incidente, controle de entrada e saída de veículos nas docas, dentre outros. Os processos são registrados em papel o que impede a análise dos dados gerados e dificulta a padronização. A digitalização dos processos de prevenção de perdas reduz custos de operação e dá muito mais visibilidade às atividades realizadas.

    A pesquisa da ABRAPPE aponta que a prevenção de perdas ainda prioriza tecnologias tradicionais como câmeras de vigilância, alarmes, antenas e proteção de mercadorias. Porém, as soluções acima já começam a aparecer na lista dos recursos utilizados. É o momento das estruturas de prevenção de perdas se reinventarem e buscarem novas formas de atuação.

    * Rodrigo Castro é diretor executivo da Protiviti, empresa especializada em soluções para gestão de riscos, compliance, auditoria interna, investigação, proteção e privacidade de dados, e co-fundador da Profit Shield.

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