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Cyber Kill Chain: entender para combater os ataques cibernéticos
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    Cyber Kill Chain: entender para combater os ataques cibernéticos

    Publicado em: 16 de outubro de 2025

    Cada ataque segue um roteiro. A diferença está em quem o entende primeiro: o invasor ou sua equipe de segurança. 

    À medida que novas tecnologias surgem a cada dia, junto delas surgem também novas ameaças, e é, nessa linha, levando em conta a evolução dos ataques cibernéticos, onde empresas e equipes de segurança buscam conhecimento em novas metodologias, capazes de mapear o ciclo de vida de uma ameaça digital.  

    Em seu relatório de segurança anual, o Cybersecurity Threat Trends Report, a CISCO, ressalta que atacantes modernos se beneficiam de uma economia clandestina madura, onde é possível adquirir “credenciais roubadas, acesso corporativo, exploits e até ferramentas baseadas em IA”, o que aumenta a eficácia de campanhas maliciosas em múltiplas fases. 

    Outras gigantes da tecnologia e cybersegurança, a Crowdstrike e a Fortinet, citam em seus relatórios anuais a importância de as equipes de segurança da informação terem a oportunidade de prevenir, detectar ou interceptar os atacantes, antes de atingirem seus objetivos. Por exemplo, a capacidade de detectar e interromper um ransomware antes dele interromper operações.  

    Uma tática comum utilizada por essas gigantes da cybersegurança é a Cyber Kill Chain. Mas o que é a Cyber Kill Chain? 

    A Cyber Kill Chain é uma cadeia de destruição cibernética adaptada da cadeia de destruição militar, a qual consiste em uma abordagem passo a passo que irá identificar e interromper a atividade inimiga. 

    Criada pela Lockheed Martin, empresa que possui atualmente como seu maior cliente o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, ela descreve, em sete etapas, como um ataque se desenvolve desde o reconhecimento inicial até o alcance dos objetivos do invasor, bem como os pontos em que a equipe de segurança da informação deverá atuar para prevenir, detectar ou interceptar invasores. 

    Compreendendo cada fase da Cyber Kill, os Security Operations Centers (SOCs) podem adotar medidas preventivas e de resposta, reduzindo significativamente o impacto de incidentes. 

    1. Reconhecimento 

    O invasor coleta informações sobre o alvo (como credenciais, e-mails, software usado, etc.) para planejar o ataque. 

    Exemplos de táticas do atacante: 

    Respostas do SOC: 

    2. Armamento 

    Criação do vetor de ataque (malware, vírus, ransomware, etc.) e preparação de backdoors para manter o acesso. 

    Exemplos de táticas do atacante: 

    Respostas do SOC: 

    3. Entrega 

    Envio do vetor de ataque ao alvo, geralmente por e-mail, links maliciosos ou outros métodos, podendo usar engenharia social. 

    Exemplos de táticas do atacante: 

    Respostas do SOC: 

    4. Exploração 

    O código malicioso é ativado no sistema da vítima, explorando vulnerabilidades 

    Exemplos de táticas do atacante: 

    Respostas do SOC: 

    5. Instalação 

    O malware é instalado no sistema, permitindo o controle do invasor. 

    Exemplos de táticas do atacante: 

    Respostas do SOC: 

    6. Comando e Controle 

    O invasor assume controle remoto do sistema infectado e pode se movimentar pela rede. 

    Exemplos de táticas do atacante: 

    Respostas do SOC: 

    7. Ações sobre o Objetivo 

    O invasor realiza seu objetivo final, como roubo de dados, sequestro, destruição ou espionagem. 

    Exemplos de táticas do atacante: 

    Respostas do SOC: 

    Atualmente alguns especialistas em segurança da informação estão incluindo uma 8ª etapa, a Monetização. Nesta fase, o cibercriminoso se concentra principalmente, em obter lucro financeiro com o ataque, seja por meio de resgate ou venda de informações confidenciais, especialmente na dark web. 

    Cyber kill chain: a chave para entender um ciberataque  

    A Cyber Kill Chain oferece um mapa detalhado do ciclo de vida de um ataque cibernético, permitindo que os SOCs ajam em diversos pontos para reduzir a superfície de ataque e mitigar riscos. Quanto mais cedo um ataque for detectado — de preferência ainda no reconhecimento ou na entrega — menor será o impacto para a organização. 

    Combinando frameworks como a Kill Chain a práticas modernas de monitoramento, inteligência de ameaças e resposta a incidentes, empresas conseguem fortalecer sua resiliência cibernética. Em um cenário de ameaças cada vez mais sofisticadas, a abordagem proativa não é apenas recomendada, mas vital para a sobrevivência digital das organizações, bem como o constante investimento na área de segurança da informação, a qual deve, cada dia mais, ser colocada entre as prioridades do departamento de tecnologia de sua empresa. 

     

    Por Renato Mirabili Junior, consultor de cibersegurança da Protiviti Brasil. 

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