Combate ao assédio: como ações individuais ajudam organizações
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    Combate ao assédio: como as ações individuais podem ajudar as organizações?

    Publicado em: 7 de dezembro de 2022

    O combate ao assédio é uma luta coletiva, que deve envolver todos os colaboradores. Confira como ações individuais podem ajudar.

    O combate ao assédio é uma luta coletiva, que deve envolver todos os colaboradores.

    por Jefferson Kiyohara*

    Sabemos que o assédio, seja moral ou sexual, bem como outros tipos de agressões, estão presentes no ambiente de trabalho e vêm recebendo cada vez mais atenção por parte da mídia e dos gestores. É um problema real, que deteriora as condições de trabalho e as relações, levando a um ambiente tóxico, que deixa as pessoas doentes, e com rotatividade, o que impossibilita a manutenção de bons resultados.

    Muito se fala da responsabilidade das organizações e da alta direção para tomar ações efetivas de prevenção e combate ao assédio e às agressões comportamentais. Mas, e pelo lado do colaborador? Será que há algo que ele possa fazer? Não se deve delegar ao colaborador uma responsabilidade que não é dele. A reflexão aqui é provocar sobre como um indivíduo pode ajudar de forma pragmática e fazer a diferença. Diante deste objetivo, seguem quatro recomendações para colaboradores ajudarem no combate ao assédio nas organizações.

    1. Seja um exemplo: não assedie ou agrida, pois é errado e desumano. Se isto não for suficiente, atente-se que sua reputação e carreira também podem ser prejudicadas.  Atue com respeito e empatia com o outro, independentemente do cargo que ocupe na organização, entendendo que há limites, e intimidade se conquista e requer reciprocidade. E, lembre-se: o poder dentro da organização serve para atender aos objetivos corporativos, e não aos interesses pessoais.
    2. Adote uma comunicação clara e não violenta: não se utilize de xingamentos, comentários maldosos ou frases de cunho sexual, e não exponha publicamente e de forma vexatória as falhas cometidas. O feedback é importante e deve ser feito baseado em fatos e dados, relembrando os acordos feitos e os resultados alcançados. E sempre deixe claro qual a sua necessidade e o que você espera do outro. Da mesma forma, o debate e a discussão de ideias devem acontecer de forma produtiva e cordial.
    3. Sinalize aos colegas quando identificar má postura: não demonstre aceitação e apoio a ações preconceituosas, discriminatórias, racistas, misóginas e afins. Não é brincadeira quando se ataca o que a pessoa é. Não é aceitável se aproveitar das vulnerabilidades das pessoas, tampouco provocar sofrimento físico e psicológico. Por este motivo, não se omita caso testemunhe alguma situação do tipo e seja solidário com as vítimas.
    4. Conheça e pratique o código de ética e as políticas de sua organização: aja de acordo com as boas práticas e ajude a disseminá-las. Esteja atento ao que acontece à sua volta e faça uso dos canais de denúncia existentes, reportando os casos de desrespeito às regras e aos valores corporativos. Seja solidário e apoie as vítimas em potencial. Caso sua organização não tenha um canal de denúncias independente, incentive e influencie para que tal solução seja adotada, de modo a trazer mais confiabilidade e transparência ao processo.

    E vale lembrar a importância de fazer o uso adequado e correto dos canais de denúncia. Infelizmente, ainda há profissionais que fazem denúncias falsas apenas com o intuito de prejudicar um colega de trabalho. Essa ferramenta não existe para este objetivo, e quem o faz, deve ser punido. É errado! É como passar trote, gerando ineficiências e injustiças. Seja honesto, faça o certo e ajude a promover um bom ambiente onde você trabalha!

    *Jefferson Kiyohara é diretor de Compliance & Sustentabilidade da Protiviti, empresa especializada em soluções para gestão de riscos, compliance, ESG, auditoria interna, investigação, proteção e privacidade de dados.

    Fonte: Assédios: ações individuais podem ajudar? – RH Pra Você

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