KnowBe4 Archives - Protiviti

Imagine a seguinte situação: chegou o momento do pagamento do bônus sobre os resultados. Centenas de funcionários estão ansiosos para saber quando e quanto irão receber. De repente, todos recebem um e-mail com remetente da empresa e a seguinte mensagem: “Seu PLR já foi calculado. Acesse o link abaixo da intranet para saber o valor.” Um dos colaboradores acha aquilo estranho e reporta o caso para a TI. Tarde demais! Dezenas de pessoas já clicaram e passaram as suas senhas para o hacker, que conseguiu a chave da porta de entrada para os sistemas e dados da empresa.

Cenários como esse comprovam que o ser humano é a última barreira de segurança da informação. Ele pode ser a maior fortaleza ou a maior fragilidade da organização. Ou seja, mesmo que uma empresa invista pesadamente em tecnologias, os seres humanos ainda podem causar fragilidades nos sistemas de informação. Isso ocorre porque as pessoas são propensas a erros, como clicar em links maliciosos, digitar senhas inseguras e fornecer informações pessoais a terceiros não autorizados.

Essa afirmação não é só palavras ao vento. Há números que lastreiam isso. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, 95% dos incidentes de segurança cibernética ocorrem devido a erro humano. O consentimento de pessoas em passar dados sigilosos que permitem os criminosos avançarem nas barreiras de cibersegurança acontece porque elas sequer sabem que estão fazendo algo errado. E, do outro lado da ponta, temos a engenharia social, que é uma técnica utilizada por hackers para enganar as pessoas a revelar informações confidenciais ou tomar ações que possam comprometer a segurança da informação. Os hackers podem usar uma variedade de técnicas de engenharia social, incluindo:

Se tiver que elencar um desses ataques como prioritários na condução de ações de proteção das empresas, seria o de phishing. Isso porque os criminosos estão usando técnicas cada vez mais avançadas para enganar os funcionários, incluindo o uso de logotipos e nomes de empresas conhecidas, bem como a criação de e-mails que parecem ser urgentes ou importantes. Em muitos casos, o hacker coleta informações de eventos importantes da organização e, a partir disso, monta os e-mails.

Mas, a boa notícia é que o mercado já dispõe de algumas soluções para ajudar as empresas a testar o comportamento humano em situações de engenharia social, contemplando ferramentas de disparo de testes de phishing, monitoramento e sinalização de e-mails suspeitos, além da capacitação de colaboradores para que não caiam nessas ciladas. Com esses tipos de tecnologia é possível:

Independente da solução aplicada, avaliar, conscientizar e monitorar o ambiente de trabalho é a melhor solução para fazer o upgrade de segurança da informação aos colaboradores da organização.

*Matheus Jacyntho é diretor de Cibersegurança e Rodrigo de Castro Schiavinato é diretor-executivo de parcerias e inovação e sócio, ambos da Protiviti, empresa especializada em soluções para gestão de riscos, compliance, ESG, auditoria interna, investigação, proteção e privacidade de dados.