SOC Report pré-IPO: 2023, o ano de retorno das ofertas públicas - Protiviti
SOC Report pré-IPO: 2023, o ano de retorno das ofertas públicas
Compartilhe:
Assine nossa newsletter

Fique por dentro das melhores notícias, eventos e lançamentos do mercado




    SOC Report pré-IPO: 2023, o ano de retorno das ofertas públicas

    Publicado em: 8 de dezembro de 2022

    Na bolsa brasileira não temos um IPO desde 2021; mas, para 2023, o mercado prevê um movimento de R$ 80 bina B3.

    De maneira global, o número total de IPOs (Initial Public Offering) diminuiu bastante em 2022. Foram 992 aberturas iniciais de capital no mundo todo, o que equivale a 44% de queda comparado com o número de 2021, de acordo a EY. Com as incertezas econômicas e tensões geopolíticas sendo considerado como o maior desafio do mercado de IPO, as empresas e os investidores continuam esperando por um sentimento mais estável e positivo do mercado de ações.

    Na bolsa brasileira não temos um IPO desde agosto de 2021, dado o cenário de volatilidade econômica e a alta dos juros, com a taxa básica de juros, a Selic, chegando a 13,75% ao ano.

    Mas, para 2023, o mercado prevê um movimento de R$ 80 bilhões na B3. Por isso, as empresas que tiveram de desistir de suas aberturas de capital nos anos de 2021 e 2022 devem priorizar o processo no próximo ano. Desde 2020, 109 empresas chegaram a fazer o primeiro protocolo da oferta na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) e a estimativa é de que entre 10 e 15 empresas façam uma abertura de capital ou uma oferta subsequente ao longo do primeiro semestre de 2023. Esse cenário otimista também depende de uma série de variáveis, entre elas, o movimento mais claro de queda da inflação e o fim do aperto monetário no Brasil e no exterior.

    Embora as empresas pré-IPO priorizem detalhes financeiros e operacionais e, em menor grau, controles de TI, sabemos que menos atenção ainda é dada aos controles dos fornecedores com os quais estão se envolvendo. Neste cenário, a recomendação é que essas empresas passem a identificar e a entender o ambiente de controle seus prestadores de serviços, sobretudo porque as empresas confiam cada vez mais na infraestrutura e nos aplicativos baseados em nuvem para dar suporte a funções críticas de negócios.

    As empresas que ainda não abriram o capital, mas estão considerando, são aconselhadas a solicitar um relatório SOC (Service Organization Controls), que é um atestado do ambiente de controle interno da organização de serviços para checar se há deficiências no ambiente de fornecedores e, com isso, evitar possíveis problemas de auditoria no futuro.

    Nesta análise, a administração pode presumir que um investimento em ferramentas e aplicativos de fornecedores terceirizados vem com uma transferência de risco. Infelizmente, este não é necessariamente o caso. Na realidade, a empresa compartilha o risco, ou seja, é sempre responsável por garantir que os controles estejam em vigor, seja em seu próprio ambiente ou em seus fornecedores. Por isso, os relatórios SOC podem revelar problemas de controle no ambiente de controle do fornecedor.

    No entanto, simplesmente obter os relatórios não é suficiente. É importante que a empresa analise os relatórios com cuidado e entenda exatamente quais controles estão em vigor e quais não estão. Os itens a serem observados são se a opinião emitida pelo auditor do serviço possui ressalvas, se há exceções de controle, se há controles habilitados pelo usuário e se o relatório inclui sub prestadores de serviços.

    Para empresas de capital aberto, a obtenção e a análise de relatórios SOC é considerada parte de seu controle interno, mas as empresas que pretendem abrir o capital também se beneficiarão da atenção antecipada neste ponto. Entender os requisitos com antecedência pode evitar riscos depois da abertura de capital. Além disso, antecipar os requisitos e os critérios solicitados pela SOC irá dar credibilidade e vantagem competitiva ao ser avaliado por empresas pré-IPO.

    *Erick Matheus Santos e Thiago Gomes são gerentes na área de Internal Audit & Financial Advisory da Protiviti, empresa especializada em soluções para gestão de riscos, compliance, ESG, auditoria interna, investigação, proteção e privacidade de dados.

    Compartilhe:

    Publicações relacionadas

    Leaders League 2024: Protiviti Brasil é reconhecida em 4 categorias do Dispute Resolution

    10 de abril de 2024

    A empresa foi apontada como Líder em Compliance, Excelente em Forensics e Altamente Recomendada em Gestão de Riscos e Auditoria

    Leia mais

    Excelência na Auditoria Interna: normas globais, ferramentas inovadoras e desafios da indústria 4.0

    26 de fevereiro de 2024

    A auditoria interna é uma função essencial nas organizações, desempenhando um papel crítico na avaliação dos processos de governança em diferentes ambientes econômicos, legais e culturais; entre companhias com missões, tamanhos, complexidades e estruturas distintas; e por pessoas dentro ou fora da organização. Para garantir a eficácia dessa prática, é fundamental a adoção de padrões […]

    Leia mais

    Lições do Pró-Ética: como promover programas de Compliance efetivos por meio de auditorias, controles internos e tecnologia? 

    22 de fevereiro de 2024

    A Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou recentemente as 84 organizações reconhecidas na edição 2022-2023 do Empresa Pró-Ética, programa que incentiva as companhias a combaterem a corrupção.   O recebimento deste selo é um reconhecimento valorizado no mercado, uma vez que identifica empresas que possuem programas de Compliance efetivos, e que trabalham promovendo a cultura de […]

    Leia mais

    A auditoria interna e ESG na era do ‘Cisne Verde’ 

    8 de janeiro de 2024

    A importância do ESG é indiscutível entre executivos do mundo todo. Nesse contexto, a relação entre auditoria interna e ESG ganha espaço.

    Leia mais